quarta-feira, 27 de julho de 2011

RN é campeão em captação de órgãos no Nordeste


Índices de avaliação do Ministério da Saúde apontam o Rio Grande do Norte como o terceiro estado no Brasil que mais capta órgãos para transplante em todo o Brasil e o primeiro entre os estados do Nordeste. De acordo com o coordenador da Central de Transplantes da Sesap, Rodrigo Furtado, os dados refletem o trabalho de ampliação realizado na rede de doação de órgãos do Estado.
A expectativa da Secretaria, diante dos bons índices, é transformar Natal na capital oficial da “Semana Nacional de Captação/Transplante de Órgãos Doados”, a ser promovida pelo Ministério da Saúde em Setembro de 2011. Os índices de captação do Rio Grande do Norte ficam atrás apenas dos estados de Santa Catarina e São Paulo. “Os dois primeiros colocados são grandes centros urbanos, com equipamentos e equipes da melhor qualidade. O fato de sermos os melhores do Nordeste tem gerado uma crítica excelente a nível nacional”, relata Rodrigo.

A parte do corpo humano mais captada para doação são as córneas. “No início do ano tínhamos 170 pessoas na lista, atualmente contamos com 80 e registrando baixas”, conta o coordenador da Central. Reflexo dos bons índices, o Governo do Estado lançou recentemente a campanha Fila Zero de Córneas, incentivando a doação ao Banco de Olhos do Estado. “Essa doação é mais simples de ser realizada, por isso está no topo da lista”, reforça Rodrigo.
Na lista de doação dos potiguares, os rins ocupam o segundo lugar, primeiro entre os órgãos. “Essas duas captações são aproveitadas completamente pela nossa rede estadual, que já identifica o receptor”, explica. A estrutura de captação, no entanto, ainda não alcançou o serviço de doação e transplante para órgãos mais complexos como o coração. O cirurgião de realocação de coração, por exemplo, deixou de ser feita pela Sesap no segundo semestre de 2010.

Com a suspensão do serviço, o Estado deixou também de captar o órgão. “Não dá para captar o coração e enviar para outros estados porque o órgão se deteriora muito rápido. Diferente do fígado, que captamos aqui e enviamos para a fila nacional”, explica Rodrigo.
“Antes nós éramos informados de um potencial doador, mas perdíamos o orgão porque os funcionários do hospital não sabiam como proceder. Hoje, oferecemos capacitações de manejo e armazenamento. Isso gera bons resultados”, relata. De acordo com o coordenador, a nova forma de procedimento da Central gerou alterações no perfil do doador de órgãos. O número de doadores vivos caiu nos últimos cinco anos a índices próximo a zero nos dias atuais.
Mesmo com essa mudança, o cadastro de doadores continua existindo. “Se você precisa de órgãos ou possui algum parente potencial doador, pode procurar o Hospital Onofre Lopes, referencia no serviço, ou a Prontoclínica que encontrará os funcionários da Central de Transplante”, direciona o coordenador da Central.

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